Trabalhadores aos piquetes! Unidade e luta no dia 29.05 contra os ataques à nossa classe!

“A classe trabalhadora tem de aprender, que seu poder não está na força do voto, mas na capacidade de parar a produção” (Voltairine de Cleyre )

Junto à intensificação da crise econômica, tem-se dado de forma cada vez mais intensa os ataques dos governos e capitalistas aos salários, empregos e direitos conquistados pelos trabalhadores com décadas de muita luta. Nossos inimigos de classe vêm se utilizando das mais variadas táticas e estratégias afim de achatar a massa salarial, prejudicando diretamente a nossa qualidade de vida.

Arrochos salariais, demissões, lay-offs, aumentos exorbitantes nas tarifas de luz, água, ônibus, metrô, precarização do Seguro Desemprego, e o coroamento de toda essa onda de ataques: o PL 4330 (agora PLC 30), que permite tanto a terceirização de toda e qualquer atividade de uma empresa, quanto que empresas terceirizadas terceirizem suas próprias atividades.

Se lembrarmos que os trabalhadores terceirizados tem uma jornada em média 3horas a mais por semana, recebem salários 24% menores, são mais rotativos, além de que 4 em cada 5 acidentes de trabalho fatais são de terceirizados, não é exagero algum caracterizar este ataque como o mais brutal das últimas décadas.

O PL da terceirização não pode passar de maneira alguma. Somente um levante unificado da classe trabalhadora será capaz de barrar estes ataques. Somos nós que tudo produzimos, somos nós que garantimos a manutenção da vida em sociedade. A classe trabalhadora unificada e em luta é capaz de tudo, pois sem nosso trabalho, nada funciona. Por isso, nós da Aliança Anarquista conclamamos a todas e todos trabalhadores a fazerem o máximo possível para aderirem à paralisação do dia 29/05, assim como participarem dos piquetes, bloqueios de rodovia, e manifestações de rua. Urge demonstrarmos coesão e disposição à luta paralisando o funcionamento normal da sociedade forçando nossos inimigos a recuarem.

Ainda que o dia 29/05 esteja sendo chamado também por centrais sindicais governistas e burocráticas, se ausentar desta batalha é – além de uma forte demonstração de sectarismo – correr o risco de perder o bonde da história, colocando-se à margem da luta de classes como ela realmente existe e tem se desenvolvido, com todas as suas contradições e limites. Não temos nenhuma dúvida acerca do papel nefasto que o governismo, com sua tendência à conciliação de classes e o burocratismo têm para nós trabalhadores, mas é somente participando e disputando o movimento real da classe trabalhadora que seremos capaz de intensificar e expor as insuperáveis contradições entre os interesses dos governos e seus burocratas, dos interesses da classe trabalhadora em seu conjunto. É compondo ombro a ombro com nossos irmãos trabalhadores em luta, que mais rapidamente colocaremos em cheque a posição insustentável daqueles que dizem defender os interesses de nossa classe, mas que se colocam ao lado dos governos – seja lá quais eles sejam.

Trabalhadores aos piquetes!

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