O dia 28 de abril de 2017 entrará para a história. Não só pela força de suas mobilizações nesta sexta-feira, mas porquê certamente será um divisor de águas na vida política do país. Diversas categorias conseguiram paralisar seus locais de trabalho, mobilizando até setores com maiores dificuldades como na iniciativa privada e nos regimes de trabalho de estágio/temporários. A produção do país foi suspensa por pelo menos 24h e não poderão negar que a burguesia e seus políticos aliados sentiram a pressão de nossa luta. As paralisações se somaram à diversidade de táticas que também trancou rodovias e colocou milhões nas ruas em atos ao redor do país. O dia 28 mostrou a disposição de luta, agora nossa tarefa é não permitir que as burocracias sindicais sufoquem esse ânimo. Erguer a mobilização de forma independente e radicalizada até que as reformas sejam barradas!
Repudiamos a repressão policial que ontem prendeu e espancou diversos manifestantes. Exigimos que nenhum lutador seja processado e que os policiais responsáveis pelas agressões sejam responsabilizados. Desde já colocamos nossas forças à disposição dos companheiros e prestamos nossa solidariedade e anseio para que todos os feridos consigam se recuperar. Por vocês nós seguiremos em luta! Também repudiamos a perseguição da patronal, seja ela da iniciativa privada ou pública, que ameaça cortar o ponto dos trabalhadores em greve. Não achem que vão intimidar a classe trabalhadora!
Como resposta à repressão e ao corte de pontos, e como continuidade de nossa mobilização devemos construir em cada cidade um forte ato neste 1º de maio. Já chega de transformar o dia de luta dos trabalhadores em show e comício. Esta é a data histórica da resistência de nossa classe ao longo dos anos, e por todas as nossas lutas já travadas e que estão por vir: estaremos em luta no 1º de maio!
Ampliar a mobilização e a capacidade organizativa de nossa classe é tarefa central. Reivindicamos que os próximos passos da luta contra as reformas sejam deliberados em fóruns democráticos com representantes eleitos nas bases das categorias e não através de acordos entre as cúpulas das centrais sindicais. Criar comitês de mobilização onde for possível e pressionar os sindicatos e entidades para que construam iniciativas de luta contra as reformas. Reforçamos nossa posição de que todas as ações táticas devem ser deliberadas em espaços de democracia de base. As experiências organizativas de nossa mobilização devem ser também ensaios de organização da sociedade socialista. Por uma construção que seja de base e com compromisso coletivo.
A luta continua! Venceremos!