Não recuar! Construir a greve geral

No último dia 28 de abril, ficou demonstrado mais uma vez: a greve geral é um instrumento de luta efetivo e os trabalhadores e trabalhadoras estão dispostos a lutar. Conseguimos desacelerar a imposição das reformas da previdência e trabalhista, mas ainda temos que barrar por completo estes e outros ataques. Não bastasse os ataques do governo, também precisamos enfrentar as dificuldades que as próprias direções das entidades sindicais impõem à luta. Participar da greve geral do dia 30 de junho para dizer: Não às reformas impostas pelo governo! Não às Centrais Sindicais traidoras da classe!

Principais Centrais Sindicais abandonam a construção da luta

Após sinalizar uma greve geral para 30 de junho, muitas centrais sindicais recuaram da tarefa de construir a mobilização. Enquanto deveríamos ter avançado para construir a greve geral de 48 horas rumo à construção da greve geral por tempo indeterminado, as principais Centrais Sindicais deram outro ataque nos trabalhadores servindo de freio para a disposição de luta. Mais do que nunca os lutadores combativos devem lançar forças na construção da greve geral deste dia 30 de junho e ter como horizonte imediato a tarefa de, desde as bases, erguer a força dos trabalhadores para que não sejamos mais reféns nas mãos das direções pelegas e burocráticas.

A luta contra as reformas da previdência e trabalhista deve estar no centro de nossas reivindicações. Encabeçadas pela CUT, parte das direções das centrais sindicais já abandona a luta contra as reformas e defende a bandeira “Diretas Já!” focando na campanha eleitoral para que PT retorne à presidência. Ao mesmo tempo, outras Centrais Sindicais diretamente ligadas à base aliada do governo Temer já negociam pequenas modificações nas reformas. Direcionar nossas forças para a via eleitoral é um erro. Desde antes do governo Temer, o próprio PT – que hoje quer retornar ao governo – já aplicava medidas contra os trabalhadores tão duras quanto as reformas em discussão. A repressão contra as lutas sindicais, populares e estudantis, assim como os arrochos salarias, demissões, e cortes de direitos é o caminho de todos que governam para defender os capitalistas enquanto fazem os trabalhadores pagarem pela crise. Não devemos ter ilusões em outro governo, apenas a certeza em nossa força na luta contra os ataques e a tarefa central de construir o poder popular.

Para barrar a reforma trabalhista e da previdência, revogar medidas já aplicadas e impedir outros ataques sobre nós, devemos avançar na nossa organização e mobilização. Construir comitês nos locais de trabalho, estudo e moradia, agitação e construção junto às bases defendendo a independência de governos e patrões, bem como a autonomia de nossas lutas para que não sejamos marionetes de direções das centrais e sindicatos. Há muito mais disposição para lutar do que a greve deste dia 30 conseguirá demonstrar. Não devemos recuar frente à vacilação das centrais sindicais e devemos ter como tarefa central continuar a construção da mobilização para que seja possível a greve geral por 48h junto aos piquetes, bloqueios de vias e grandes manifestações. Dar força à greve geral de 30 de junho e seguir com a construção da mobilização para barrar as reformas e revogar ataques anteriores!

Fora Temer! Construir a Greve Geral!
Não às direções pelegas: construir um movimento sindical e popular independente e revolucionário!