Isolar os provocadores e desorganizadores, para consolidar a Frente Anarquista

* Nota sobre o Encontro “Anarquistas frente a crise política: fascismo não passará!”

“Como a febre amarela, esta doença de desorganização se introduziu no organismo do movimento anarquista e o tem abalado por dezenas de anos”
“Anarquismo não é uma utopia bonita, nem uma ideia filosófica abstrata, é um movimento social das massas trabalhadoras.”
trechos da apresentação da Plataforma Organizacional, escrita pelo grupo de anarquistas Dielo Truda em 1926_

Nós da Aliança Anarquista decidimos por nos somar ao chamado realizado pelos companheiros do grupo Anarquismo em Movimento por compreender que a construção da unidade é uma das tarefas mais urgentes do atual momento da luta de classes. Criar espaços de unidade é fundamental para que nós trabalhadores consigamos combater tanto o crescimento de setores de extrema-direita e, simultaneamente, combater os mais diversos ataques às condições de vida de nossa classe, perpetuados pelos grandes empresários e seus políticos de todos os partidos da ordem.

Nossa proposta foi e é clara: construir uma frente que agregue anarquistas a partir de uma base mínima de acordos – combate à extrema direita, combate a todos os governos e partidos gestores do Estado capitalista e defesa da classe trabalhadora – para realizarmos algumas ações pontuais em comum. Não temos interesse algum em forjar um novo coletivo.

Com tal intuito, compusemos o Encontro deste último sábado com alguns de nossos militantes.

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Apesar do debate de conjuntura ter sido de muita qualidade – com dezenas de falas que expuseram pontos importantes da atual conjuntura política e econômica da luta de classes brasileira e mesmo internacional, e também, apresentação de propostas diversas para nos unirmos frente a conturbada situação de crise política nacional – ao chegar o momento de aprovarmos as propostas apresentadas, elementos desorganizadores, cumprindo um nítido papel de provocação e desagregação, fizeram absolutamente de tudo para impedir o encaminhamento de toda e qualquer iniciativa.

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Levantar a bandeira revolucionária derrotar a reação!

* panfleto distribuído no Encontro de Anarquistas de 19.03.2016

O aprofundamento da crise capitalista internacional, tem impactado de maneira cada vez mais drástica na situação nacional. Por um lado, grandes empresários avançam com arrocho salarial, demissão e terceirização; por outro, governos de unidade com todos os partidos da ordem – PT PSDB PMDB e outros – realizam cortes na Saúde, na Educação, Transportes e outros serviços essenciais, privatizam as poucas empresas estatais que ainda restam, restringem direitos, mas também, aprovam leis e iniciativas de endurecimento do regime – com evidente destaque à Lei Antiterror, formulada e já sancionada pelo governo federal petista. Lutar para defender as condições de vida de nossa classe trabalhadora é lutar contra todos estes ataques e seus autores; é lutar tanto contra os grandes capitalistas imperialistas, nacionais e internacionais, quanto contra todos os governos, parlamentares e partidos da ordem.

Outro fator também precisa ser observado: durante décadas, enorme parcela das massas trabalhadoras tiverem o projeto petista como referência. Este, com seu discurso de esquerda e suas promessas de reformas sociais, conquistou a simpatia de nossa classe. Entretanto, com sua chegada ao poder, acabou por aplicar políticas nocivas aos trabalhadores, exatamente como seus antecessores. Esta enorme distância entre um discurso progressista e uma prática política submissa aos interesses imperialistas – que sequer poderia ser diferente, pois o estado é tão somente o aparato político dos grandes capitalistas – gerou, após 13 anos na presidência, enorme desgaste e descrédito de nossa classe frente ao projeto petista.

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A degeneração do PT e toda a crise política abriu espaço para o crescimento de setores de extrema-direita. As tradicionais insígnias da esquerda passaram a ser identificadas com a traição do Partido dito dos Trabalhadores e assim discursos irracionais tem sido perpetuados contra símbolos como a cor vermelha, entre outros. O legítimo sentimento popular de repulsa ao petismo tem sido manobrado para tornar-se uma ataque generalizado à toda esquerda.

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