Solidariedade contra a reintegração da MABE em Hortolândia

No dia 3.04, último domingo, os trabalhadores da MABE em Hortolândia foram reprimidos durante a operação de reintegração de posse na ocupação que mantinham desde fevereiro contra a demissão de cerca de 2 mil operários quando a empresa decretou falência. A negociação que estava sendo levada na Justiça sobre o fim da ocupação foi atropelada pela empresa em ação conjunta com a PM, lançando mão de helicóptero, bombas, sprays de pimenta e soldados de rapel. Com auxílio da segurança privada, bate-paus contratados pela MABE e a polícia militar expulsaram os trabalhadores de dentro da fábrica, onde tiveram de deixar seus pertences.

Em resposta a isso, está sendo mantido um acampamento na portaria da fábrica, para que as operações da empresa (que reabriu sob outro CNPJ para continuar funcionando com menos trabalhadores) sejam paradas.

Essa ação contra a ocupação dos trabalhadores da MABE é um exemplo de como o acirramento da crise econômica vem aumentando o acirramento da luta entre patrões e empregados. Empregos e salários ameaçados geram cada vez mais necessidade de luta, e os companheiros que hoje permanecem ocupados nos portões da MABE sabem disso. A repressão policial testemunhada nesse domingo é o medo dos grandes capitalistas, seu principal meio de nos manter calados frente a essa exploração e esses roubos a que nos sujeitam principalmente durante a crise.

Todos apoio aos trabalhadores da MABE!
Contra a repressão!
Não aceitaremos demissões!
MABE caloteira!

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+ infos: http://www.metalcampinas.org.br/

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Viva a ocupação das fábricas Mabe Eletrodoméstico de Campinas e Hortolândia!

Desde fins de dezembro do ano passado, trabalhadores operários da Mabe de Campinas acampavam em frente a fábrica afim de lutar contra demissões e exigir o pagamento de salários e benefícios atrasados – como parte do 13°e a Participação nos Lucros e Rendimentos (PLR).

Hoje, poucos dias após a justiça decretar a falência da empresa, os trabalhadores perderam a paciência e decidiram ocupar duas das fábricas. Segundo o Sindicato de Metalúrgicos de Campinas e região, cerca de 900 trabalhadores estão engajados na movimentação.

Unificar e organizar a classe para tomar o que é nosso: que a experiência da Mabe se generalize!
Todo apoio a luta dos operários!

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Formar um bloco Sindicalista Revolucionário na CSP-CONLUTAS

* Carta aberta à Resistência Popular (RP), ao Fórum de Oposição pela Base (FOB) e a todos os trabalhadores militantes sindicalistas classistas e combativos

A intenção deste comunicado é convocar os companheiros sindicalistas organizados tanto no FOB quanto na RP – ou mesmo militantes independentes outros – a debater uma plataformacomum a fim de conformarmos uma frente sindicalista revolucionária na CSP-CONLUTAS. Isto devido a três pontos: (1) articularmos um bloco é uma estratégia adequada a fim de potencializarmos nossas intervenções em espaços mais amplos dos trabalhadores, rompendo assim com nosso cômodo isolamento em nossas próprias correntes; (2) a luta de classes impõe a necessidade de compormos e disputarmos organizações da classe trabalhadora das mais diversas escalas e dimensões; (3) a CSP é, hoje, o principal polo de reorganização da classe trabalhadora à esquerda e por fora da moribunda CUT, e é a única organização sindical de amplo porte que possui o potencial de efetivamente unir os trabalhadores contra os ataques dos capitalistas e estatistas que se intensificam com o acirramento da crise econômica e política.

Um ponto outro, que possuí caráter programático, é o da unidade na luta entre as diversas correntes componentes dos movimentos organizados da classe trabalhadora – todo e qualquer sectarismo na ação é um enorme atraso para a causa de nossa classe, e serve somente aos interesses do capital e do Estado. Marchando ombro a ombro e golpeando como um só punho unificado, seremos imbatíveis.

bloco sindicalista

| A necessidade de nos movimentarmos em todas as dimensões da luta de classes |

É absolutamente imprescindível que militantes orientados por um programa revolucionário de horizonte anarquista disputem as mais diversas dimensões da luta de classes – devemos estar presentes seja nas lutas cotidianas contra as arbitrariedades e abusos cometidas pelos chefetes nos locais de trabalho e estudo, seja na resistência contra as incessantes tentativas de impor arrocho salarial e precarização realizada pelas patronais na escala das categorias profissionais, ou mesmo na defesa contra os ataques gerais à classe trabalhadora perpetuados especialmente pelos diferentes governos do Estado-nação. Abrir mão de intervir e disputar qualquer um destes espaços é tanto abandonar nossos companheiros trabalhadores à própria sorte, quanto condenar a prática militante às limitações e fraquezas. Sem articular-se de maneira ampla, mesmo a luta mais pontual, local e corriqueira, terá sua potência diminuída.
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