Neste ano de 2015, diversos ataques às condições de vida dos trabalhadores veem sendo colocados em prática. Demissões, arrocho salarial, perda de direitos tornaram-se ameaças e realidades cotidianas. Como resultado tivemos, por um lado, a manutenção das taxas de lucro dos grandes capitalistas – com destaque aos resultadoshistóricos alcançados por bancos como Itau e o Bradesco – e por outro, crescimento da quantidade de desempregados, achatamento da massa salarial além de restrições ao Seguro Desemprego e outros direitos.
Além dos ataques centrados na questão do trabalho, o recrudescimento da crise capitalista também é acompanhado pela intensificação da repressão tanto contra os trabalhadores organizados que resistem ao rebaixamento de suas condições de vida, quanto contra os setores mais pobres e marginalizados da sociedade brasileira. A Lei Antiterror assim como a PL 6268/09 – que torna crime manifestações de rua – são iniciativas políticas que caminham na direção de um regime cada vez mais repressor com seus contestadores. Já as constatantes chacinas, os novos recordes de assassinatos cometidos por policiais, e o crescimento da população carcerária, são demostrativos da guerra que o Brasil tem promovido contra a população pobre que aqui habita. É este o Estado-nação campeão mundial em homicídios cometidos por forças policiais.
| Unificar as lutas para vencer a guerra! |
Frente a destruição do padrão de vida – ou mesmo da própria vida – trabalhadores têm se levantado nas mais diversas trincheiras da luta de classes. Greves estouram contra demissões massivas e contra arrochos salariais. Prédios estatais são ocupados contra cortes de direitos. Barricadas são erguidas e ruas são tomadas contra as execuções nas periferias. Todas estas batalhas são de suma importância para a classe trabalhadora. Todas estas batalhas demonstram que sempre haverá resistência, que a luta de classes não chegou ao seu fim. Também é na própria luta que os trabalhadores fortalecem suas organizações, se compreendem enquanto classe, e percebem o poder que possuem.

Entretanto, ainda que tenhamos algumas vitórias parciais, faz-se necessário reconhecer que, por enquanto, nós trabalhadores estamos perdendo esta luta – não temos conseguido evitar os mais diversos ataques, apenas atenuá-los.
A fim de alterarmos a atual correlação de força entre nós trabalhadores e nossos inimigos de classe – grandes capitalistas e os mais diversos gestores do Estado-nação Brasil – compreendemos que é urgente avançarmos na unificação das lutas, assim como na radicalização dos métodos. Somente superando a fragmentação de nossa classe em categorias, unificando os diversos focos de resistência e avançando na direção de construirmos ações nacionais unitárias – especialmente paralisações e a greve geral – que conseguiremos derrotar esta onda de ataques.
Por isto, convocamos todas e todos a participarem tanto o ato nacional do dia 18, que se realizará em São Paulo e tem como eixo principal a luta contra diversos gestores do Estado capitalista, suas políticas de austeridade e em defesa da construção de um campo independente da classe trabalhadora, quanto do Encontro Nacional de lutadores do dia 19 – que deverá ter como tarefa organizar os próximos passos rumo às paralisações nacionais, à greve geral e à uma mobilização que não queira apenas trocar o nome de quem ocupa a cadeira da democracia capitalista, mas que seja uma mobilização concreta com viés revolucionário! E para que esta tarefa seja cumprida, é fundamental a participação – no ato e na plenária – de todos os setores combativos da classe trabalhadora.
Organizar a revolta, defender a classe e desestabilizar a democracia dos capitalistas!
Construir em unidade a luta contra as investidas do Estado e da patronal!
Todos à manifestação do dia 18 de setembro!
(Manifestação: 17h no Vão do MASP, em São Paulo, concentração a partir das 15h.
Encontro Nacional de lutadores: 10h às 18h noSindicato dos Metroviários de São Paulo – Rua Serra do Japi 31, Tatuapé)