Os trabalhadores rurais Vilmar Bordim e Leomar Bhorbak do Paraná, e Ivanildo Francico da Silva de Paraíba, não foram os únicos a serem recentemente assassinados por pistoleiros em ações conjuntas com policiais militares e com a conivência da justiça dos ricos, de todos os governo estaduais, e mesmo do governo federal petista, o qual teve, desde o primeiro mandato de Lula, os latifundiários – mandatários destes brutais homicídios – como grandes aliados.
Ainda neste ano de 2016, no dia 23 de janeiro, os companheiros Enilson Ribeiro dos Santos e Valdiro Chagas de Moura foram perseguidos, baleados e mortos – com golpes de pedra que esmagaram suas cabeças – por pistoleiros, em plena luz do dia numa região movimentada da cidade de Jaru, Rondônia. Ambos eram lideranças do Acampamento Paulo Justino, localizado em Alto Paraíso. Enilson, além disso, era coordenador da Liga dos Camponeses Pobres (LCP). Importante lembrar que há menos de um ano, no 1° de maio de 2015, também em Rondônia, o camarada Paulo Justino Pereira, na época presidente da Associação Vladmir Lênin, que organiza trabalhadores rurais na região, fora assassinado a pauladas. Também não podemos esquecer, de Dona Terezinha – liderança da luta pela terra – que há poucos meses fora assassinada com golpes de machado no Assentamento Élico Machado, localizado em Monte Negro, Rondônia.
A repressão não se limita ao Vale do Jamari, tampouco ao estado de Rondônia – governado por Confúcio Moura (PMDB) tendo Daniel Pereira (PSB) como vice – e ao estado do Paraná – governado por Beto Richa (PSDB). Ainda este ano, em 19 de janeiro, em Pedras de Maria da Cruz (norte de Minas Gerais, estado governado por Fernando Pimentel do PT), José Osmar Rodrigues Almeida teve seu crânio fraturado por pauladas ao chegar em casa. José Osmar é irmão do dirigente da LCP Cleomar Rodrigues, que fora assassinato por pistoleiros numa emboscada em outubro de 2014.
Nós da Aliança Anarquista nos solidarizamos com todos os companheiros trabalhadores rurais caídos na luta contra os capitalistas latifundiários. Independente de suas organizações e de divergências, um trabalhador morto em combate é, para nós, um companheiro que deve ser respeitado.
A todos estes trabalhadores assassinados dedicaremos não somente um minuto de silêncio, mas uma vida inteira de lutas!
Abaixo à escalada repressiva no campo!
Viva a luta dos trabalhadores rurais!
