Solidariedade à luta chilena

As últimas semanas tem sido marcadas pela explosão de mobilizações de massa nos mais diversos lugares do planeta: Chile, Equador, Líbano, Iraque, Síria, Hong Kong, Haiti, Honduras, Colômbia, Catalunha e Uruguai. Tais insurreições explodiram a partir de trabalhadores e trabalhadoras que tem sofrido ataques sistemáticos às suas condições de vida e trabalho.

Em específico, a situação chilena se assemelha à brasileira e à equatoriana. Dentre outros pontos, o esgotamento de governos sociais-democratas de conciliação de classes deu lugar às privatizações desenfreadas e ao aumento vertiginoso do custo de vida.

Desde o Chile, camaradas nos contam que à essa degradação das condições de vida e trabalho soma-se uma escalada de repressão contra os que lutam. As cifras oficiais do último dia 24/10 alegavam cerca de 15 mortos, porém tem-se notícia de no mesmo período o número estar por volta de 40. Nas detenções se aplica a tortura e a violação de mulheres. Um centro clandestino de detenção e tortura foi encontrado nos túneis de uma estação de metrô.

Contam-nos também que apesar de todo o horror, continuarão com força nas ruas sem respeitar o toque de recolher. Dizem que os territórios, as mulheres e todos os trabalhadores e trabalhadores estão se organizando.

As organizações de nossa classe em todo o mundo devem mobilizar a solidariedade internacional e impulsionar a combatividade das inssureições.

Para mais notícias da situação chilena, nossos camaradas nos apontam para os meios na imagem abaixo.

VIVA A LUTA INTERNACIONAL DA CLASSE TRABALHADORA!

Solidariedade aos companheiros do RS

Ontem, dia 25 de outubro de 2017, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul realizou operação contra organizações e militantes anarquistas, acusando-os de diversos ataques contra forças da ordem e comércio.

Tal operação, que coloca a Federação Anarquista Gaúcha como força motriz dos ataques, visa mais uma vez intimidar e enfraquecer não só esta organização, mas todos e todas que lutam desde as bases contra a exploração e opressão.

A Aliança Anarquista se solidariza e coloca à disposição da FAG e demais organizações e militantes perseguidos. É dever de todas as organizações e militantes revolucionários cobrir de solidariedade nossos companheiros de luta.

TODA SOLIDARIEDADE AOS QUE LUTAM!
VIVA O ANARQUISMO REVOLUCIONÁRIO!

Não recuar! Construir a greve geral

No último dia 28 de abril, ficou demonstrado mais uma vez: a greve geral é um instrumento de luta efetivo e os trabalhadores e trabalhadoras estão dispostos a lutar. Conseguimos desacelerar a imposição das reformas da previdência e trabalhista, mas ainda temos que barrar por completo estes e outros ataques. Não bastasse os ataques do governo, também precisamos enfrentar as dificuldades que as próprias direções das entidades sindicais impõem à luta. Participar da greve geral do dia 30 de junho para dizer: Não às reformas impostas pelo governo! Não às Centrais Sindicais traidoras da classe!

Principais Centrais Sindicais abandonam a construção da luta

Após sinalizar uma greve geral para 30 de junho, muitas centrais sindicais recuaram da tarefa de construir a mobilização. Enquanto deveríamos ter avançado para construir a greve geral de 48 horas rumo à construção da greve geral por tempo indeterminado, as principais Centrais Sindicais deram outro ataque nos trabalhadores servindo de freio para a disposição de luta. Mais do que nunca os lutadores combativos devem lançar forças na construção da greve geral deste dia 30 de junho e ter como horizonte imediato a tarefa de, desde as bases, erguer a força dos trabalhadores para que não sejamos mais reféns nas mãos das direções pelegas e burocráticas.

A luta contra as reformas da previdência e trabalhista deve estar no centro de nossas reivindicações. Encabeçadas pela CUT, parte das direções das centrais sindicais já abandona a luta contra as reformas e defende a bandeira “Diretas Já!” focando na campanha eleitoral para que PT retorne à presidência. Ao mesmo tempo, outras Centrais Sindicais diretamente ligadas à base aliada do governo Temer já negociam pequenas modificações nas reformas. Direcionar nossas forças para a via eleitoral é um erro. Desde antes do governo Temer, o próprio PT – que hoje quer retornar ao governo – já aplicava medidas contra os trabalhadores tão duras quanto as reformas em discussão. A repressão contra as lutas sindicais, populares e estudantis, assim como os arrochos salarias, demissões, e cortes de direitos é o caminho de todos que governam para defender os capitalistas enquanto fazem os trabalhadores pagarem pela crise. Não devemos ter ilusões em outro governo, apenas a certeza em nossa força na luta contra os ataques e a tarefa central de construir o poder popular.

Para barrar a reforma trabalhista e da previdência, revogar medidas já aplicadas e impedir outros ataques sobre nós, devemos avançar na nossa organização e mobilização. Construir comitês nos locais de trabalho, estudo e moradia, agitação e construção junto às bases defendendo a independência de governos e patrões, bem como a autonomia de nossas lutas para que não sejamos marionetes de direções das centrais e sindicatos. Há muito mais disposição para lutar do que a greve deste dia 30 conseguirá demonstrar. Não devemos recuar frente à vacilação das centrais sindicais e devemos ter como tarefa central continuar a construção da mobilização para que seja possível a greve geral por 48h junto aos piquetes, bloqueios de vias e grandes manifestações. Dar força à greve geral de 30 de junho e seguir com a construção da mobilização para barrar as reformas e revogar ataques anteriores!

Fora Temer! Construir a Greve Geral!
Não às direções pelegas: construir um movimento sindical e popular independente e revolucionário!

Lésbicas e bissexuais na luta!

Nos últimos tempos, houve um enorme avanço no sentido de aceitação da população LGBT, vemos cada vez mais casais homossexuais nas novelas e nas mídias em geral e a homofobia está se tornando-se cada vez mais inaceitável. Mas que visibilidade é essa? Quanto de fato avançamos? As lésbicas e as bissexuais estão sendo representadas como? Não podemos nos enganar achando que com essa maior visibilidade estamos em um mundo em que não existe mais discriminação contra LGBTs ou que avanços de representação LGBT representam necessariamente avanços para as mulheres.

A realidade que nós enfrentamos já comprova no dia dia que a lesbofobia permanece. Continuamos nos sentindo inseguras andando pela rua com nossas parceiras, continuarmos sendo tratadas como fantasias sexuais para homens héteros, continua havendo uma carência de políticas de saúde pública para mulheres que se relacionam com mulheres… E a própria maior representação no caso das mulheres lésbicas e bissexuais não pode necessariamente ser considerada como vitória, pois frequentemente acaba reforçando a imagem pornográfica sobre relacionamento entre mulheres (como é o caso de filmes famosos como “Azul é a cor mais quente”, ou de videoclipes como o da Shakira com a Rihanna “Can’t Remember To Forget You”). Além do fato da representação ainda ser pequena, ainda são poucos os filmes que possuem personagens declaradamente não héteros e desses uma porcentagem ainda menor é de histórias sobre mulheres.

E essa invisibilização não acontece só por parte da mídia, o movimento LGBT é bastante masculino e pautas específicas das mulheres lésbicas e bissexuais como a luta contra a pornografia, educação sexual não falocêntrica e por espaços de confraternização para mulheres, nunca de fato chegaram a entrar como pautas do movimento LGBT. A caminhada de mulheres lésbicas e bissexuais surgiu justamente por esse entendimento de que as pautas das mulheres são invisibilizadas dentro do movimento LGBT em geral e dentro da parada gay em específico. Assim todos os anos um dia antes da parada gay as mulheres marcham para tornarem a si mesmas e suas pautas visíveis.

LÉSBICAS E BISSEXUAIS RESISTEM!

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Panfleto entregue na caminhada

Manter o foco: construir a Greve Geral de 48h

Neste dia 24 de maio, milhares de trabalhadores se encontram em Brasília para um ato unificado contra Temer e suas reformas. Após o vazamento dos áudios, que comprovam a podridão do governo, tornou-se ainda mais insustentável a continuidade do presidente no poder.

Não podemos cair no erro de acreditar que novas eleições, sejam elas diretas ou indiretas, resolverão o problema dos ataques que estamos recebendo: não há possibilidade alguma do governo da democracia burguesa deixar de aplicar os ajustes contra nós por sua livre e espontânea vontade. Isso só acontecerá com luta e pressão popular.

A tarefa central continua sendo construir a greve geral de 48h para revogar as medidas já aplicadas, como a lei da terceirização, e para barrar os ataques que estão por vir. Para isso precisamos construir fóruns sindicais e populares que organizem a luta desde as bases e preparar a greve geral por tempo indeterminado, até que nossas condições de vida e trabalho sejam garantidas.

Nenhuma esperança nos governos, toda confiança na força da classe trabalhadora!